“A idade chega, mas o cuidado com a gente mesma não precisa ir embora.”
“Eu não quero ser uma beleza sem idade. Eu quero ser o melhor que posso ser na minha idade”, afirmou, com propriedade, a atriz Sharon Stone. Pois, nesta primeira crônica para a Conexão Melhor Idade, a pauta é justamente esse cuidado pessoal, que para alguns, com o tempo, vai se perdendo, mas não deveria.
Mesmo com vários exemplos de pessoas atentas à imagem pessoal, ainda vemos homens e mulheres deixando os anos agirem sozinhos, esquecendo para atrás um cuidado mais apurado sobre a sua aparência. As pessoas, ao se olharem no espelho, muitas vezes, não se identificam mais com o frescor de um tempo que passou, algumas por falta de incentivo, outras pelo receio de serem julgadas.
O fato é que realmente os anos não irão retroceder, pois é para frente que se anda. Não se trata de parecer o que não se é, nem tão pouco colocar um véu na realidade de agora. É valorizar o que merece ser enaltecido. Não em busca de aprovação do outro, mas para que a gente possa ter empatia por essa nova versão, que o tempo está nos apresentando.
Quem já não se pegou saudosa da sua aparência mais esguia, da época em que perder algumas horas de sono em nada afetava a aparência? Pois a realidade agora é outra. A vida nos apresenta uma nova época para ressignificarmos os dias e os próximos anos. É transformar-se sem prometer resultados, mas com atitude e amor-próprio.
A beleza também pode ser um sentimento, que transmite autocuidado. Lembrei agora das minhas inspirações na vida. Foram várias, mas a minha mãe e as tias sempre me chamaram muito atenção. Num tempo em que a profissão era cuidar da família e do lar, elas foram além. Cada uma valorizando e investindo nas suas características, sem julgamentos e livre de autorizações. Em casa mesmo, uma estava sempre com o cabelo impecável; outra não dispensava o batom vermelho; havia a que usava sapatos com saltinhos; e a que estava sempre alinhada e com acessórios.
Eu amava ver essas mulheres se cuidando, mesmo na lida da casa. Vestindo a sua melhor versão, não deixavam que a falta de uma profissão, apagasse a vontade de se cuidar. Esse time de mulheres, além do seu tempo, no quesito vaidade, segue sendo a minha inspiração até hoje. Sempre foi uma admiração silenciosa, mas plena de encantamento.
A borboleta, que primeiro é um casulo, fechada em si mesma, sabe bem o resultado de uma mudança. Ela reconhece que a metamorfose é irreversível. Depois que voa e descobre a sua beleza exuberante, não volta mais para o estado inicial. É lindo ver isso nas pessoas também. Quem cuida da sua aparência, independente da faixa etária, não muda somente por fora, mas inevitavelmente por dentro também. É um processo que pode contagiar quem convive e desfruta da companhia.
Que tal fazermos um combinado? Vamos olhar com mais empatia e cuidado para nós mesmos? Um detalhe de cada vez, mas com constância. Com o tempo, tudo ficará mais natural. Não é necessário copiar ninguém. É escolher mudar ao invés de repetir padrões, que já não combinam com a pessoa que amadureceu. É não romper com a vaidade e a beleza, mas viver a possibilidade de fazer novas escolhas. Então, aprenda com o vinho, que com o tempo ganha mais sabor. Seja a sua mais apurada versão! Só por hoje e mais além!
Neusa Medeiros escreve especialmente para a Conexão Melhor Idade.
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